quinta-feira, 30 de junho de 2011

O Perfume - A história de um assassino





Doía-lhe a imagem viva da paisagem , ofuscante, fazia-lhe mal ver com os olhos. Só a luz do luar lhe agradava. A luz do luar não conhecia cores e só vagamente assinalava os contornos do terreno. Ela percorria o campo cinza-sujo e por uma noite estrangulava a vida. Esse mundo como que fundido em chumbo, no qual nada se mexia exceto o vento, que às vezes caía como uma sombra sobre as matas cinzentas e no qual nada vivia exceto os odores da noite desnuda, era o único mundo que ele permitia que reinasse, pois parecia com o mundo de sua alma.
(O Perfume - A história de um assassino)

Nenhum comentário:

Postar um comentário